Altas expectativas, promessas não cumpridas:

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Não contentes com o formato “checagem de dados”, os entrevistados pela pesquisa procuram estratégias de engajamento para melhorar a saúde da população e construir a lealdade dos pacientes
 
As organizações de saúde estão ampliando o engajamento com pacientes por meio de estratégias e investimentos focados em portais para pacientes, de acordo com o novo estudo sobre o cenário de engajamento de pacientes realizado pelaHIMSS Analytics, uma empresa de pesquisa e análise global. Entretanto, os líderes de saúde questionam se a trajetória atual levará ao aumento do envolvimento dos pacientes, necessário para melhorar os resultados clínicos e reduzir custos, aponta a pesquisa.
 
O engajamento de pacientes está dominando as manchetes no setor de saúde. Para ir além dos rumores, a HIMSS Analytics realizou um estudo sobre o cenário no compromisso de engajamento de pacientes e os aportes em organizações de saúde em todos os Estados Unidos. A pesquisa consistiu em um levantamento quantitativo online de executivos de 114 organizações de saúde e um qualitativo focado em um grupo que envolveu nove desses líderes.
A HIMSS Analytics define engajamento de paciente como “estratégia organizacional para que os pacientes envolvidos gerenciem de forma ativa e com conhecimento sua própria saúde e bem-estar, e a de seus familiares, e outras pessoas que são responsáveis. Isso inclui revisões e gestão de registros médicos, aprendizagem sobre doenças, adoção de comportamentos saudáveis, realização de compras com base em informações médicas (colesterol, alergias, etc.), e interação com os provedores de saúde como parceiros”.
O estudo, patrocinado pela InterSystems, descobriu que os principais objetivos do engajamento de pacientes são, aumentar e melhorar a saúde da comunidade (77%), a busca para construir a fidelidade da marca para os pacientes (77%), e o atendimento a exigências de uso significativo (60%). No entanto, estas estratégias podem não estar totalmente prontas, segundo os participantes do grupo focado. De fato, alguns entrevistados questionaram seus planejamentos de engajamento de pacientes.
“Realmente nós não temos uma verdadeira estratégia de engajamento de pacientes, apenas um projeto de porta”, disse um dos executivos. Outro entrou na conversa para falar, “Nós dizemos que temos uma estratégia de engajamento de pacientes, mas é apenas parte de outras estratégias – bem-estar, melhoria de saúde, e saúde da população”.
Tais comentários são motivo de preocupação, de acordo com Joe DeSantis, vice-presidente de plataformas HealthShare da InterSystems, que apontou que enquanto os líderes declaram ter uma estratégia, eles poderiam estar avançando com apenas um plano tático.
“Mesmo que as organizações tenham uma visão real para o engajamento dos pacientes, muito é consumido com a checagem dos dados para uso significativo”, afirma DeSantis. “Infelizmente, um portal para pacientes baseado em um único EHR (Electronic Heatlh Recorder – Registro Eletrônico de Saúde, em português) não é o bastante para impulsionar o engajamento do paciente. Engajamento precisa englobar todos os cuidados contínuos. O foco em curto-prazo em uso significativo tem sido muitas vezes à custa dos objetivos estratégicos de longo-prazo.”
Quem possui engajamento de pacientes?
Iniciativas de engajamento de pacientes muitas vezes não têm uma liderança definitiva. De acordo com a pesquisa, comitês multi-departamentais e multi-função são os proprietários mais comuns das estratégicas de engajamento de pacientes das organizações (26%). Outros proprietários dessas estratégias incluem CMOs (Chief Marketing Officers) com 15%, seguido pelos CIOs (Chief Information Officers) com 10% e CEOs (Chief Enterprise Officers) com 8%.
Esses proprietários estratégicos podem não ter os recursos financeiros necessários para efetivar essas iniciativas. O desafio: Os gastos com engajamento de pacientes estão espalhados por entre toda a organização – com a Tecnologia da Informação (TI) tipicamente comprando as ferramentas, departamentos ambulatoriais pagando pelos custos de administração, e o marketing aplicando o dinheiro em promoções, posicionando o engajamento de clientes como uma estratégia de fidelidade à marca.
“Estou chegando à conclusão de que realmente talvez nós não tenhamos uma estratégia organizacional em torno do engajamento de paciente se não temos configurado um orçamento que possua todos os seus aspectos”, afirmou um dos executivos entrevistados.
Ferramentas para engajamento de pacientes
Mesmo na ausência de uma estratégia financeira coesa, os departamentos de TI estão se voltando para os portais de pacientes como sua ferramenta para engajamento de pacientes. Os motivos para a adoção dos portais são vários: 71% dos entrevistados que possuem uma estratégia de engajamento estão usando a tecnologia de portal para atingir as necessidades atuais mínimas de exigências de uso significativo para funcionalidades e compartilhamento de informações com uma única fonte; 54% estão usando os portais que oferecem a combinação de serviços aos pacientes, tecnologia e conteúdo; e 51% estão utilizando os portais como uma plataforma de troca de informação configurável e interoperável com compartilhamento de dados com múltiplas fontes. No geral, cerca de dois terços dos entrevistados estão usando portais fornecidos por seus fornecedores de EHR.
Não surpreendentemente, o grupo de participantes focados expressaram preocupações sobre suas soluções de portais. “A maioria dos portais realmente não está bem alinhada com a definição de engajamento de pacientes”, apontou um líder. “Eles são ótimos para conveniência, mas eles não ajudam as pessoas a lidar com doenças crônicas, melhoria da saúde, ou dando aos usuários informações que precisam para alcançarem comportamentos mais saudáveis. A maioria das ferramentas simplesmente não cumprem essa promessa.”
Para exercer plenamente o engajamento de pacientes, líderes estão buscando por portais de próxima geração para oferecer funcionalidades que vão permitir que os pacientes se tornem parceiros de sua própria assistência. Mais especificamente, eles estão procurando funcionalidades como visitas eletrônicas ou consultas eletrônicas (e-visit e e-consultations, respectivamente) com 80% de respostas dos entrevistados, interoperabilidade entre múltiplos provedores (70%), avaliação de saúde e treinamento (70%), e tele-visitas (50%).
“A virada no engajamento de pacientes dará aos usuários informações mais ágeis e compreensivas permitindo a eles serem parceiros de seus médicos – e para, verdadeiramente, gerenciarem sua saúde”, conclui DeSantis.
Sobre a HIMSS Analytics
 
A HIMSS Analytics coleta, analisa e distribui dados essenciais de TI no setor de Saúde abordando produtos, valores, métricas, tendências e decisões de compras. Ele oferece informações sobre qualidade e experiência analítica para as organizações de prestação de saúde, companhias de TI, entidades governamentais, financeiras, farmacêuticas, e de consultoria. Visitewww.himssanalytics.org.
Sobre a InterSystems
A InterSystems desenvolve tecnologias avançadas de software que permitem inovação. Com paixão pela excelência e foco no sucesso dos clientes, a InterSystems fornece gerenciamento de dados, interoperabilidade estratégica e plataformas de análises usadas nos setores de Saúde, Serviços Financeiros, Governo e outras indústrias. Em alguns países, a InterSystems também oferece aplicações de saúde unificada, com base em suas principais tecnologias, que entregam o conceito de saúde conectada. Fundada em 1978, a InterSystems é uma empresa privada com sede em Cambridge, Massachusetts (EUA), com escritórios pelo mundo inteiro, e seus produtos são usados diariamente por milhares de pessoas em mais de 100 países. Para mais informações, visite:InterSystems.com.br.
Informações para a imprensa
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Michelle Alessio – michelle.alessio@medialink.com
 
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