Estudo mostra como é possível aumentar a sobrevida de pacientes com síndrome da angústia respiratória aguda

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Trabalho foi publicado pelo “New England Journal of Medicine” e analisou
mais de 3,5 mil casos disponíveis na literatura médica

Um estudo publicado no periódico The New England Journal of Medicine retoma um tema que pode reduzir de maneira importante a mortalidade de pacientes internados com síndrome da angústia respiratória aguda (SARA). O trabalho relacionou o impacto que a diminuição da pressão aplicada na ventilação mecânica tem no aumento de sobrevida desses pacientes.

Com causas diversas, entre elas sepse, pneumonia e traumatismo, além da alta mortalidade, a doença pode causar problemas como depressão, estresse pós-traumático e sequelas cognitivas comparáveis a uma demência leve, por exemplo. O uso de ventilação mecânica protetora resulta em uma redução da taxa de mortalidade da ordem de 70% para aproximadamente 30% dos casos. O que o estudo mostrou foi que essa mortalidade pode ser reduzida ainda mais alterando-se os parâmetros de pressão.

Participaram do estudo três pesquisadores brasileiros do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, os Drs. Marcelo Amato, Carlos Carvalho e Eduardo Leite Costa que também é pneumologista membro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês e do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. O principal achado é que a pressão tem um grande potencial de fragilizar o pulmão do paciente, o que é ainda mais grave quando se considera que o órgão já tem sua capacidade bastante reduzida devido à ocorrência de SARA.

“Até então, dava-se pouca atenção a essa variável, mas ela se mostrou mais relevante até do que o volume de ar utilizado na ventilação mecânica”, explica o Dr. Eduardo Leite Costa. Os pesquisadores analisaram dados disponíveis na literatura médica com mais de 3,5 mil pacientes. Entre eles está um estudo pioneiro do Brasil, na área de ventilação mecânica feito pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, em 1998 pela equipe do Dr. Marcelo Amato. Naquela oportunidade, pela primeira vez a pressão aplicada foi associada à sobrevida dos pacientes. Desde então, o tema nunca mais foi investigado clinicamente.

A UTI do Sírio-Libanês conta com um grupo especializado em tratar casos de SARA, inclusive com uso de oxigenação extracorpórea, recurso disponível em poucos centros médicos de São Paulo. Um estudo randomizado também está em desenvolvimento no Hospital das Clínicas de São Paulo para avaliar de forma ainda mais precisa essa relação.

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