Mater Dei registra atendimento ágil a pacientes com AVC

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Dia Mundial de combate ao AVC, 29/10, foi instituído pela Organização Mundial da Saúde – OMS, em parceria com a Federação Mundial de Neurologia, para alertar a população sobre os tratamentos e prevenções da doença, além de engajar os profissionais da saúde a melhor orientar os seus pacientes sobre estes cuidados.

A Rede Mater Dei de Saúde aproveita a data para destacar os esforços em treinamentos e os investimentos em melhorias e tecnologia para garantir a rapidez no atendimento à vítima de AVC. A Rede também alerta a população sobre a importância de um pronto-atendimento estruturado.

“A rapidez no atendimento, o treinamento multiprofissional de médicos e enfermeiros no Pronto-socorro e a disponibilidade de recursos diagnósticos e terapêuticos são imprescindíveis para que consigamos realizar o melhor tratamento possível em cada caso”, explica o coordenador do Serviço de Neurologia do Pronto-socorro do Hospital Mater Dei Contorno, Gustavo Daher Vieira de Moraes Barros.

Tempo Porta-Agulha: timing ideal para atendimento às vítimas de AVC

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A Organização Mundial do AVC preconiza que a trombólise venosa seja feita, nos casos indicados, em até 60 minutos a partir da chegada do paciente no hospital. É é o chamado Tempo Porta-agulha. Em 2014, o Hospital Mater Dei conseguiu atingir uma média de 50 minutos.

“Este ano, com as melhorias dos fluxos assistenciais e com a estrutura física do hospital Mater Dei Contorno, planejado para otimizar o atendimento de urgência, estamos conseguindo realizar este tratamento em tempo menor ainda, próximo aos 40 minutos”, observa o coordenador.

Gustavo acrescentou que “este tempo para atendimento é possibilitado pela Tomografia Computadorizada instalada dentro do Pronto-socorro do Mater Dei Contorno, permitindo que o diagnóstico seja feito cerca de 20 minutos após a entrada do paciente, logo após a avaliação do especialista, que é imediata”.

Estruturação do hospital para um atendimento rápido

O neurologista Gustavo Daher afirma que o hospital precisa estar estruturado e capacitado para realizar um atendimento adequado e no menor tempo possível, porque as opções terapêuticas, capazes de modificar a história natural da doença, necessitam ser empregadas em um período muito curto para que tenham resultado.

“Estas opções incluem a trombólise venosa, na qual é administrado um medicamento que visa dissolver o coágulo que está obstruindo o vaso no cérebro e causando o AVC e, em alguns casos, o tratamento hemodinâmico com a trombectomia, na qual se retira este coágulo por meio de um cateter, restabelecendo o fluxo do sangue no cérebro”, explica Gustavo.

O tratamento hemodinâmico, citado pelo neurologista, tornou-se recomendação máxima em tratamento em alguns casos de AVC, quando é possível fazer um estudo arterial tomográfico logo que o paciente é admitido.

Recuperação do paciente – relato de caso

Este padrão de suporte que a Rede Mater Dei de Saúde oferece foi fundamental na assistência de um paciente de 85 anos, admitido com a forma mais grave de AVC isquêmico, no último dia 14/10. Graças à rapidez que chegou ao hospital, ao suporte emergencial e disponibilidade da melhor terapêutica, o paciente recebeu a alta sete dias depois e está totalmente recuperado.

Brasil tem dados alarmantes

No Brasil, a campanha do Dia Mundial de combate ao AVC é liderada pela Academia Brasileira de Neurologia e pela Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares – SBDCV. A iniciativa, neste ano, destaca o dado da OMS de que uma em cada seis pessoas no mundo, independente de qualquer fator de risco, faixa etária, e sexo e nível social vai ter um AVC ao longo da vida.

Ainda em acordo com a Organização, uma pessoa morre a cada seis segundos em decorrência deste problema e, para cada morte, pelo menos duas a três pessoas sobrevivem com sequela incapacitante. Estudo feito em 2012 revelou que no Brasil as estatísticas são ruins e estima-se mais de 100 mil mortes por AVC por ano. “O AVC já é a maior causa de morte no país há alguns anos”, comenta o médico Gustavo Daher.

Fatores de risco, prevenção e testes

O neurologista destaca que a idade é um fator de risco para o AVC, mas que esta doença pode acometer pessoas em qualquer faixa etária, relatando que “no Mater Dei, por exemplo, temos tido muitos casos de jovens com AVC. Por isso, os sinais de alerta são importantes em qualquer fase da vida”.

De acordo com o neurologista, “há uma série de sintomas que alertam o risco da pessoa estar tendo um AVC, dependendo de qual parte do cérebro esta sendo acometida. Os mais comuns são as alterações súbitas de consciência, ou visão, ou fala, ou de movimento de qualquer parte do corpo, ou do equilíbrio ou uma dor de cabeça sem precedentes”, explica.

Identificando os sintomas

Sobre a identificação dos sintomas de quem está sofrendo um AVC, Gustavo conta que existe um teste que é usado em todo mundo para educação populacional que serve de alerta. Em inglês, é chamado de Fast, no Brasil foi instruído o uso do mneumônico SAMU, em que cada letra lembra o que deve ser feito: O S é de sorrir (peça para a pessoa sorrir e veja se ela não entorta a boca para o lado); o A de abraçar (peça a pessoa para abrir os braços e aí se observa se um deles cai); o M de música (lembre de pedir ao paciente para falar uma frase e observar se ele fala adequadamente ou se tem dificuldade); e o U de urgência (se a pessoa apresentar um dos três testes anteriores, significa que pode ser um AVC súbito e você deve acionar a urgência e encaminhar para o hospital).

Fonte: Mater Dei

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