Brasil leva prêmio internacional de educação em diabetes

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O projeto brasileiro “Educando Educadores” foi destaque no Prêmio ALAD-BD de Educação em Diabetes na América Latina, que reconheceu as melhores iniciativas para educação sobre a doença crônica na região.

O projeto ficou em segundo lugar na premiação e recebeu o prêmio de US$ 5 mil na última terça-feira (24), em coquetel na sede da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), em São Paulo (SP). O valor será destinado à ADJ, para ser aplicado na melhoria do atendimento da população diabética em todo o Brasil.

O “Educando Educadores” é um curso interdisciplinar, que qualifica médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais de saúde para atender pacientes com diabetes. Desenvolvido pela equipe interdisciplinar da ADJ, sob a coordenação da endocrinologista Dra. Denise Reis Franco e da psicóloga Graça Maria de Carvalho Câmara, o curso começou em 2008, em parceria com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Federação Internacional de Diabetes.

Hoje, a iniciativa já contabiliza mais de 1.500 profissionais capacitados, em 31 edições, ministradas em todo o Brasil por um grupo de profissionais brasileiros, com apoio de profissionais vindos de outros países latino-americanos e também dos EUA e de Cuba.

“O diferencial do curso é que, para ter a certificação, o aluno precisa fazer um projeto de conclusão de curso educativo, para ser aplicado na região em que atua. Isso tem trazido resultados fantásticos, porque os alunos fazem trabalhos educativos com os pacientes e também qualificam os seus colegas, para dar continuidade – há vários ‘filhotes’ do ‘Educando Educadores’”, disse Graça. “Sentimos que estamos cada vez mais reconhecidos, e o prêmio ajudou. Espero que a gente avance mais daqui para frente”, disse a coordenadora do projeto.

 Educação para qualidade de vida

A premiação foi criada por uma parceria entre a Associação Latino-Americana de Diabetes (ALAD) e a empresa de tecnologia médica BD, com a proposta de promover e disseminar conhecimento sobre o diabetes e, assim, melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Cerca de 20 milhões de pessoas convivem com a doença na América Latina e esse número deve chegar a 30 milhões em 2030, segundo previsão da Fundação Mundial de Diabetes (World Diabetes Foundation – WDF).

“Além de tratar de uma questão de saúde pública, a educação focada em diabetes é essencial para promover a qualidade de vida dos pacientes, que necessitam de cuidados específicos, não só para sobreviver, mas para conviver com a doença da melhor forma possível, com conforto, segurança e tranquilidade”, disse Carolina Herrera, diretora de Diabetes Care na BD Brasil. “Queria parabenizar e agradecer ao time da ADJ por esse trabalho de excelência”.

O primeiro lugar do Prêmio ALAD-BD ficou com o México, com a equipe interdisciplinar do Dr. Sérgio Hernández-Jiménez, Coordenador doCentro de Atención Integral del Paciente con Diabetes (CAIPaDi). A escolha dos melhores projetos aconteceu durante o XVI Congresso Latino-Americano de Diabetes, em novembro do ano passado, em Bogotá, na Colômbia. Foram selecionados e analisados, por uma comissão julgadora, serviços multidisciplinares de educação de 12 países, que já tivessem apresentado resultado terapêutico e estivessem relacionados a alguma instituição ou hospital.

 

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